Instituto Pensar - Aliados criticam Eduardo Bolsonaro por contestar apuração de eleições nos EUA

Aliados criticam Eduardo Bolsonaro por contestar apuração de eleições nos EUA

por: Nathalia Bignon 


Eduardo Bolsonaro contesta contagem de votos nos EUA e endossa que presidente Donald Trump precisa judicializar apuração no Michigan e Winconsin ? (Foto: Joyce N. Boghosian/Casa Branca)

Filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foi criticado até por bolsonaristas ao usar as redes sociais para opinar sobre a eleição norte-americana.

Sem provas, na última quarta-feira (4) o deputado, que também ocupa presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, questionou contagem de votos nos estados de Winsconsin e Michigan, ao compartilhar postagens do youtuber bolsonarista Bernardo Küster. Nas redes, Küster que afirma que o candidato democrata Joe Biden recebeu sozinho cerca 138 mil votos de uma vez durante a madrugada do dia 4.


A teoria da suposta fraude é apoiada em gráficos, que segundo ele mostram que toda a quantia de votos computadas entre as 5h e as 6h da manhã foram apenas para Biden, no Michigan. No horário, o candidato republicano Donald Trump vencia na região. Bolsonaro e Küster sugeriram que o presidente norte-americano peça a judicialização da contagem no estado.

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Nesta quinta, a campanha de Trump anunciou que irá entrar com um pedido de recontagem de votos nos estados referidos. Segundo eles, "há relatos de irregularidades em vários locais do Wisconsin, que alimentam dúvidas sobre a veracidade dos resultados. O presidente está dentro do limite para solicitar uma recontagem, e assim o fará imediatamente.?

E Eduardo tivesse se tornado embaixador?

Aliados e assessores do presidente criticaram a atitude de Flávio Bolsonaro. As alegações de fraude vêm sendo encaradas como uma estratégia da campanha de Trump, já que autoridades norte-americanas não apontaram nenhum indício de irregularidade na votação. O presidente Bolsonaro e o bolsonarismo em geral apoiam Trump.

Para um aliado e para um assessor presidencial, a postagem do deputado, presidente da Comissão de Relações Exteriores, é um "erro? porque, como filho do presidente, a leitura que sempre será feita é que o pai tem a mesma opinião.

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"Ele já foi criticado por deputados democratas no passado. Agora, compartilha uma mensagem de um blogueiro dando razão às teses defendidas pelo Trump, de que houve fraude. E não há nada concreto nesse sentido. Mesmo que houvesse, não cabe ao Brasil interferir nesse processo?, disse ao blog do jornalista Valdo Cruz um aliado do presidente no Congresso.

Ao compartilhar a mensagem do blogueiro com alegação de fraude, o filho do presidente escreveu a palavra "estranho?. Para um assessor presidencial, isso mostra como foi acertada a decisão de Bolsonaro de recuar na indicação do filho para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Segundo o assessor, se Eduardo Bolsonaro tivesse sido indicado e o Senado aprovado seu nome, o que era considerado difícil, hoje ele poderia estar criando mais problemas para o Palácio do Planalto como embaixador brasileiro nos EUA. Poderia estar dando declarações de apoio a Trump num cenário em que Biden pode ganhar a eleição americana.

Biden na liderança

De acordo com a apuração, Joe Biden venceu no Winsconsin após aparecer com 49,6% dos votos com 95% das urnas apuradas, segundo apontamento da AP, AFP, do The New York Times e da CNN norte-americana. No Michigan, a situação ainda está indefinida e muito apertada. São 49,5% para o democrata e 48,8% para Trump, com 94% de apuração. No momento, Biden está com 248 delegados e Trump com 214.

No sistema eleitoral americano, os 538 votos do Colégio Eleitoral ? ou 538 "delegados? ? determinam quem será o presidente. Esses 538 votos são distribuídos entre os estados, de forma proporcional, considerando a população de cada um deles. Ganha quem alcançar 270 delegados. O candidato que ganhar a eleição popular dentro do estado leva todos os votos dele no Colégio Eleitoral ? com exceção do Maine e de Nebrasca, que dividem seus votos de acordo com os distritos regionais.

Com informações do UOL e G1



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